domingo, 26 de maio de 2013

QUAL É A SUA MARCA?



Acredite ou não, mas você é uma marca.

Apple, Coca Cola, Zara, Ford, L'Oréal, Beatriz de Azevedo e Silva, Silvia Regina da Silva, Maria Clara Planel. Marcas.

Talvez você já saiba disso desde pequenina, e aprendeu desde cedo a tomar as rédeas de sua imagem e aproveitar o melhor que isso pode proporcionar, mas na realidade, a maioria das mortais nem sequer pensou neste assunto. Pessoas como eu e você, em algum momento da vida, se depararam com a conclusão de que a sua própria imagem foi criada por outras pessoas, e não por nós mesmas.

Isso se chama marca pessoal passiva. O nome é horrível, e o conceito também é um pouco assustador. Basicamente, as pessoas próximas (familiares, amigos, colegas de trabalho) tiram suas próprias conclusões sobre a sua imagem, onde quer chegar, como pensa, simplesmente porque lhe conhecem. Mas sejamos honestas, as pessoas que não te conhecem também já criaram uma marca para você. Elas tomaram uma decisão sobre o que você é simplesmente pelo que aparenta ser. Cruel? Não, apenas humano. Não há duas chances para se fazer uma primeira impressão, como dizia minha avó.

Inclua nesse grupo dos desconhecidos aquele entrevistador da vaga de emprego que você acha a sua cara. Quem nunca recebeu um email da piedade (eu! eu!) dizendo que apesar de incríveis qualificações, aquela vaga não tinha o seu perfil. Marca. E por que aquela promoção saiu pra todo mundo, menos pra você, quando a melhor performance do grupo foi a sua? Marca. Não é destino.

As pessoas escolhem inúmeras marcas para você. Em apenas 3 segundos, você pode ser Expansiva, Confiante, Deslocada, Criativa, Quieta, Recalcada, Dependente, Líder, Ovelha.

Manejar sua própria identidade da maneira como deseja é um direito seu, e entender como você se diferencia e como se projeta é um dever de casa. O sucesso requer auto conhecimento e planejamento. A geração em que nasci, salvas exceções, ainda tem muita dificuldade de projetar uma imagem com firmeza porque isso pode parecer pretensão. Mas há uma linha gorda que separa a pretensão do auto-conhecimento.

Ser mais confiante não é crime. Imagine a sua vó, ou mãe, falando "minha filha, você não é melhor que os outros". Elas tinham razão. Não somos melhores que os outros em tudo. Mas tudo aquilo em que você é melhor precisa aparecer.

Referências:

You are a Brand - Catherine Kaputa, 2012
Purple Cow - Seth Godin, 2003
Your personal Style - Nancy Plummer, 2009

...E muitos mais. Vamos continuar falando disso!






Um comentário:

  1. E nesse universo de ser uma marca, sinto uma ponta de decepção por aqueles que preferem ser marcas convencionais. Poderíamos chama-los de commodities? Limitam-se a não expor o que acham e pensam (e isso, na maioria das vezes é refletido em seus estilos) apenas para se tornarem parte de algo. O mundo corporativo é cheio dessas coisas: Se você quer chegar em tal patamar, deve ser rígido (?), não se abalar com questões de pessoas (não pessoais) e deve ser cheio de si, preenchendo perfeitamente o quadradinho que lhe cabe. Fica conosco a reflexão se queremos ser o arroz com feijão de sempre ou expor nossa real marca. Mais um texto que amei, amiga. Continue nos trazendo suas inteligentíssimas reflexões.

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